Ambiente de Ação

O Egito foi o segundo grande reinado da Antiguidade, depois dos povos dos rios Tigre e Eufrates. E Ravyn não perderia uma chance de visitar aquele local. Pegou um voo para o Egito, direto. Preparou sua mala e foi até o Aeroporto, entusiasmado.

Após um longo tempo de viagem (e alguns vários goles de True Blood, para não atacar os humanos do voo), o avião pousou no Cairo. Era noite já. O guia falou para todos descansarem, mas o vampiro não queria. Queria ver logo as pirâmides do Egito. Trouxera uma mochila, além da mala. Chegou no quarto do Hotel (de boa qualidade, por sinal), deixou a mala e preparou sua mochila: Duas garrafas de True Blood (sangue engarrafado), um kit básico de primeiros socorros, para o caso de se ferir, roupas extras e a máquina fotográfica. Colocou as adagas wicca nos bolsos. Saiu do hotel na surdina, pegou um jipe do estacionamento (a chave estava na ignição, preparado para levar os turistas na tarde do dia seguinte), e partiu.

Ao chegar no meio do deserto, 500 metros antes de chegar nas pirâmides, encontrou um grupo de camelos errantes no meio das dunas, correndo desorientados. Utilizou-se da buzina para fazê-los pararem. Desceu do automóvel e foi até eles, calmo. Viu que um deles tinha sinais de ferimento na pata dianteira. Tirou da mochila o Kit de Primeiros Socorros e fez um curativo rápido para eles. Então voltou para o jipe e acelerou, deixando-os, indo na direção das Pirâmides.

Ao chegar lá, parou o jipe, deixando os faróis ligados. Soltou um "Wow" mudo, vendo o tamanho da pirâmide. Ficou ali, apenas olhando, sentado dentro do jipe.

Ravyn estava distraído, olhando a Pirâmide. Em um certo ponto, descera do jipe, ficando em pé na frente dele, ainda com os faróis ligados. Enquanto estava olhando, foi surpreendido por uma voz feminina bela. Virou-se e percebeu uma mulher ao seu lado. Suspirou, passado o susto, aliviado. Percebeu o meio-sorriso dela, também era o que havia no dele, que era por causa das pirâmides. Assentiu, voltando a olhar para a construção.

- Muito belas... meu nome é Ravyn Ollicourt.

Virei-me para ela e estendi a mão, com um sorriso amistoso.

Ravyn apertou de leve a mão dela. Percebeu a pele dela bem mais fria que a sua, mais que o normal. Ignorou isso, simplesmente. Voltou-se novamente para a pirâmide. Nikky... nunca ouvira aquele apelido. Ouviu a pergunta dela e sorriu.

- New York, Estados Unidos. E você?

Olhou de soslaio para ela. Era pálida, mas atribuiu isso à luz branca do jipe. Esperou a resposta, ainda amistoso.

Ravyn sorriu quando ouviu dela que era da mesma cidade que ele. No fim, nova-iorquinos encontrando-se a centenas de quilômetros de distância, no Egito. Num lugar tão belo quanto na frente de pirâmides, erguidas como titãs. Decidiu confiar nela. Deu meia volta e foi até o jipe. Rapidamente tirou as Adagas Wicca e colocou-as nos bolsos externos da mochila. Pegou uma garrafa de sangue engarrafado, a qual colocou o rótulo de suco de groselha. Voltou ao lado dela, olhando para a pirâmide, iluminada pelas estrelas e pela Lua. Tomou um gole do sangue.

Ravyn percebeu ela ficar nervosa. Realmente, não entendeu porque. Então, quando ela deu meia-volta e ameaçou ir embora (na verdade indo), aproveitou-se de sua agilidade, porém deixando-a meio normal, para alcançar ela. Pegou o ombro dela, num gesto amistoso. Segurava a garrafa, aberta, na outra mão, algumas gotas de sangue molhando seus lábios, pois não limpara-os. Perguntou, em tom preocupado:

- Aconteceu alguma coisa, Nikky?

Ravyn notou ela olhando fixamente para a garrafa. Acompanhava uma gota que escorria. Então encarou os lábios do vampiro. Das duas uma: Ou adorava suco de groselha a ponto de ficar daquele jeito, ou era vampira. Decidiu pela segunda. Sem hesitar, esticou o braço, estendendo a garrafa de True Blood para ela. Olhava-a, querendo ver a reação. Não tomara muito da garrafa, tinha mais que a metade.

Ravyn simplesmente quando ela quase arrancou a garrafa de sua mão.. Viu-a tomando tudo em um gole só, confirmando suas suspeitas. Deixou-a tomar. Viu-a terminar, limpando algumas gotas com os dedos e chupando-os. Ollicourt embrou-se do sangue que ainda estava em seus próprios lábios, então passou os dedos neles e também chupou-os, aproveitando as gotas que estavam perdidas em seus lábios antes. Pegou a garrafa com um sorriso ainda amistoso.

- Ih, não se estressa, Nikky. Eu tenho outra garrafa na minha mochila, que está no jipe, inclusive, se você quiser. Também "camuflada" com um rótulo de suco de groselha. - Mostrou na garrafa o rótulo alterado.

Pensou que estava dando a entender que também era vampiro. Não se importou, confiava nela.

Ravyn assentiu quando ela fez que não com a cabeça. Estranhou um pouco a pergunta dela sobre a quanto tempo ele era vampiro. Tinha quem se transformava em vida, não era desde que nascia? Lembrava-se apenas de alguns livros que falavam disso. Falou, um pouco confuso, como se falasse algo óbvio:

- Sou desde que nasci, ué. - Olhava para ela, tentando entender.

Ouviu o relato dela. Ela tinha 36 anos! Jurava que ela tinha menos, realmente. Jurava que tinha 16, por aí. Realmente, era uma vampira. Ouviu o murmúrio dela. Balançou a cabeça.

- Realmente... por isso que eu sempre tenho uma ou duas garrafas daquela. Para, na presença de muitos humanos, eu conseguir resistir.

Olhou para as pirâmides de relance, como que para confirmar que estavam lá. Então voltou a olhar para ela.

Ouviu o sussurro dela. Respondeu, também sussurrando:

- Eu não... na primeira vez que "ataquei" um humano, eu acabei matando ela sem querer. Daí eu meio que hesito...

Olhei para o chão, lembrando-me daquela situação. Não queria que se repetisse, realmente. Tinha até um bocado de medo.

Ravyn ouviu o que ela falou. Não sabia, havia apenas se alimentado de humanos umas 5 vezes na vida. Sendo que, a partir da 2ª, acabava parando cedo demais, com medo de matar a "vítima".

- Sei não, Nikky... acho que eu não conseguiria.

Balannçou a cabeça.

Ravyn percebeu ela rir, não entendeu. Foi surpreendido, conseguindo virar a tempo no ar para não se machucar quando colidiu contra o jipe. Ela era forte! Olhou de soslaio as adagas, mas resolveu não pegá-las. Não seriam uteis, e, mesmo assim, continuava confiando nela. Olhou-a ons olhos e perguntou, ingênuo:

- Incentivo para quê?